quarta-feira, 29 de julho de 2009

Presentes do Presidente


Acho que já deixei um pouco claro que eu não sou lá muito fã do nosso presidente. Eu bem que tento não falar muito dele, mas ele provoca, não tem jeito...
Ultimamente o Lula anda muito presenteador. É incrível a “criatividade” desse cidadão para escolher presentes para figuras importantes do cenário da política internacional. Alguns dias atrás esse caro molusco ao se encontrar com o Presidente Norte-Americano Barack Obama, o presenteou como uma camisa da Seleção Brasileira de Futebol, autografada; o único “detalhe” é que a camisa era da Seleção da Copa de 2006 (sim, aquela em que o “dream team” perdeu vergonhosamente pra França. Sabe como é, né: estrelas sempre caem do céu, e as estrelas da seleção brasileiras me pareciam ser bem cadentes...) e grande parte dos jogadores que a assinaram, na época, já não mais representam nossa seleção nos dias atuais. Ou seja, a camisa ficou engavetada por dois anos até chegar nas mãos de Obama (para a infelicidade das traças e mofos) que de tão “feliz” que deve ter ficado com tamanho presente, é capaz de dormir com ela.
Não bastasse essa ratada, hoje Lula voltou a pisar na bola, LITERALMENTE: ao se encontrar, no palácio do Itamaraty ,com o Presidente Nigeriano Umaru Yar´Ardua, Lula o brindou com uma bola de futebol autografada por ninguém mais, ninguém menos que PELÉ. Tudo bem, Pelé é até hoje considerado o Rei do Futebol Mundial, mas foi também protagonista de uma das maiores cenas de racismo talvez já vista na TV, quando o mesmo negou a paternidade de sua filha, bem como se recusou a entrar com ela na igreja no dia de seu casamento. O motivo? A cor de sua pele (“coincidentemente” da mesma cor, NEGRA, que ele, seu PAI). Resumindo: Para um Presidente negro, de uma nação predominantemente negra, receber uma bola de futebol autografa pelo Rei do racismo é realmente um presente e tanto (de Grego, eu diria...). E depois ainda tem quem reclame que o Brasil só é reconhecido mundialmente pelo futebol, carnaval, louras geladas e morenas “bundudas”, não é isso, grande DaMatta??

Alanna Sousa Coolerman

sexta-feira, 24 de julho de 2009

"Falou o Presidente..."

Foi divulgada essa semana uma entrevista em que o nosso caro e pomposo Presidente Lula comenta as escutas telefônicas do Sarney; o mesmo pareceu irritado com as denúncias e os (pré)julgamentos feitos não só pela sociedade como também por políticos e parlamentares, tendo em vista que tais denúncias estão sendo feitas baseadas “apenas” em grampos telefônicos. Para Lula, “Não podemos tratar tudo como se fosse crime de pena de morte”. Ainda na mesma entrevista, o mesmo continuou afirmando que “É preciso saber o tamanho do crime. Uma coisa é você matar, outra coisa é você roubar, outra coisa é você pedir emprego, outra é fazer lobby. Tem que fazer as investigações corretas”.
É perceptível aqui a grandiosidade do problema que o Brasil alcançou, quando ouvimos o próprio chefe de nosso Estado falar tamanha barbaridade para todo o país ouvir. Percebe-se mais uma vez uma grande inversão de valores na nossa sociedade, onde os crimes de colarinho branco (atos secretos, lobbys, lavagem de dinheiro etc) passam desapercebido na grande maioria das vezes e, quando são divulgados e criticados, parecem ter o apoio de nosso presidente. Ora, meu caro Molusco, não há dúvidas de que todo crime deve ser julgado antes de condenado; isso é princípio processual. O que não entendo é o porquê de tal princípio só ser “clamado” quando o réu é um velho, branco, barbudo e rico (à custa do pobre povo maranhense). O mesmo não ocorre com o preto e o pobre.
Nossos valores foram invertidos; agigantamos o problema da violência urbana em prol da minimização dos crimes de colarinho branco, sem nos dar conta da relação mútua entre um e outro. O Lula fala em roubo e homicídio como grandes bestas-feras (e propõe a pena de morte como solução) enquanto que trata o lobby como um crime qualquer. O problema talvez esteja na mania que temos de culpar sempre o elo mais fraco da relação. Como diria uma ex-Profa. minha, quando se trata de violência, temos o costume de ligar tal palavra com sangue ou algo do tipo. Lesão corporal se resume à cortes de faca e perfurações à bala. Mas não seriam lesões corporais, por parte do Estado, não prover alimentação e moradia ao seu povo? O corpo de uma criança que bebe, toma banho e pisa em água contaminada por falta de saneamento básico não seria um tipo de lesão corporal? E não seriam esses tipos de crimes, merecedores de uma pena de morte (caso a mesma viesse a fazer, de alguma forma, sentido?) E de quem é a culpa? Não seriam, também, de nossos governantes que desviam dinheiro público para contratar parentes e empregadas domésticas e “conselheiros espirituais” com salários de R$ 8.000,00?
O que falta para o Brasil crescer é saber pôr cada coisa em seu devido lugar, é o povo se levantar e lutar pelo o que é seu de direito. Não basta votar (e até votos estão sendo desrespeitados), mas saber brigar pelo seu voto. É não tapar os olhos para certos crimes e abrir a boca apenas pra reproduzir o discurso do senso comum. É saber ser cidadão de direitos muito mais que somente nos dias de eleição.
Espero que todos esses vexames transformados em denúncias dêem algum resultado; que não sejam ofuscados por escândalos da vida pessoal de um político, mas que seja levado em conta o escândalo de sua vida pública para com o seu povo; que não seja esquecido pela ansiedade de uma copa do mundo ou por números falaciosos jogados na mídia. Que a justiça seja feita de maneira realmente justa, não só com crimes políticos, mas, e principalmente, com os crimes de violência urbana, cujo tratamento costuma ser desigual. Quanto ao pronunciamento do nosso Presidente, eu só tenho a lamentar... tanto quanto tudo o mais que ele costuma dizer e fazer.

Alanna Yara Sousa

terça-feira, 21 de julho de 2009

"Onde é que eu troco de canal?"

Sabe todos aqueles livros e filmes que você assistiu e leu na infância? Possivelmente os gostos não mudaram. Tudo depende do humor e/ou da companhia: dias frios: cabe um bom romance ao lado da pessoa querida; dias quentes: que tal um pouco mais de ação? Dias aziados: uma boa comédia romântica cai bem; dias de chuva: filmes de terror com a galera!
Enfim, são vários os gostos, várias as ocasiões: o melhor de tudo, é que caso você não goste, basta sair da sala de cinema, ou mesmo mudar o canal; afinal de contas, pra isso que inventaram o tal do controle remoto. Mas e quando não dá pra mudar de canal?? E quando todos esses estilos se juntam, se transformam em um só e decidem fazer parte da tua vida real? Well, “welcome to MY life”.
De repente, em questão de meses, eu vejo toda a minha vida virar de cabeça pra baixo, e começo a viver todas as histórias que já li/assisti durante essa minha passagem terrena (que não é nada, não é nada, mas já são quase 21 anos sobrevivendo à tudo e todos...). De repente, não mais que de repente, familiares são baleados debaixo do teu nariz e tudo que tu podes fazer é chorar; teu namoro que começou feito um conto de fadas, acaba feito novela das 8 ("absurdamente") e tu te apaixona por quem tu menos espera, faltando 11 dias pra tu te mudar para o outro lado do Brasil e tentar (re)começar o que se chama de vida; e falando em vida, pra terminar de lascar, tu descobre que a tua, bem como daqueles que tu mais ama, tá em risco. O que fazer então??
Contando, ninguém acredita. Queria eu poder encher esse post com a riqueza de detalhes que essa minha história da vida real (que um dia eu espero se transformar em estória – e não se espantem se um dia eu escrevê-la e publicá-la) me permite ter. Mas não, isso não é possível, pelo menos não agora. Por enquanto, tudo o que posso fazer é escrever esse pouco pra tentar tirar da minha cabeça, pelo menos 1kg da tonelada de preocupação e angústia que tem me afligido e me tirado o sono. Quisera eu ter a tal “penseira” do mago Dumbledore, pra poder guardar certas memórias em uma estante; exceto pelo fato de que certas coisas, eu nunca guardaria.
Ao fim e ao cabo, só peço à Deus que, já que ele me deu essa “bendita TV à cabo” com diversos canais; que me dê de brinde, ao menos um controle remoto (de preferência, estilo “click”) pra que eu possa, no mínimo, escolher assistir um canal por vez. E que assim seja feito, Amém!