O Brasil, país da desigualdade, vive desigualmente momentos de avanços iguais. Igual é queda do número de desempregados e o aumento da violência; enquanto uns lutam por emprego, outros, tão mortos de fome, lutam por um pedaço de grade para se amarrar e dormir,dentro de uma cela, tentando sobreviver a mais uma noite na prisão.
“A crise é dos ricos”, disse o Presidente Lula no Fórum Social Mundial de 2009, em Belém-PA. Também são dos ricos os avanços científicos e tecnológicos que geram mais lucro pros seus bolsos e mais pobreza para suas cobaias. Crise essa que fez aparecer dinheiro, sabe-se lá de onde, para salvar os seus bancos e empresas privadas; geradores da crise.
Fala-se em mandar ajuda aos povos africanos que morrem de Aids e de fome; esquece-se de salvar os cariocas do mosquito da dengue e os maranhenses e catarinense desabrigados pelas enchentes.
Talvez, se se tratasse os iguais com igualdade e os desiguais com desigualdade, como já pregou Bobbio, as balanças econômica e social se equilibrassem. Mas como isso não acontece, todos são tratados com “igualdade”, haja vista ser um “mandamento constitucional”, e a desigualdade apenas se perpetua.
E em meio a tudo isso, ainda se houve falar em direitos humanos. Mas de que humanos está se falando? De humanos demasiadamente humanos que tratam os seus iguais com desigual desumanidade e os deixam à margem da igualdade.
Alanna Sousa Coolerman
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário