domingo, 29 de março de 2009

Lombroso não morreu

" Duzentos jovens em idade escolar, alguns com apenas 13 anos, foram classificados como potenciais terroristas pela polícia britânica, informa o jornal “The Independent”. A identificação foi feita por um programa que procura adolescentes “vulneráveis” à radicalização islâmica."
Mais de cem anos após a sua morte e a criação de um paradigma etiológico que identificava o criminoso como sendo um ser patoligacamente determinado a cometer delitos, a "Teoria Lombrosiana" continua a aterrorizar e a ser divulgada pela mídia sensacionalista.
Percebemos nesse pequeno trecho da reportagem do jornal britânico, que tal idéia, ao contrário do seu criador, está mais viva do que nunca. Ainda tem gente que pensa ser capaz de adivinhar a "periculosidade" de alguém - e nesse caso estamos tratando de jovens adolescentes que talvez ainda nem tenha atingido a puberdade - por meio de "sintomas" sócio-culturais (ou seriam sócio-raciais/etno-sociais?).
A reportagem segue dizendo que "O trabalho é focado em comunidades muçulmanas. Quando o jovem é identificado como potencial terrorista, ele é submetido a um programa de conscientização, que inclui conversas com os pais, líderes religiosos e com a própria polícia.
Bettison diz que o programa não criminaliza os adolescentes." Ou seja, aqueles jovens mulçumanos que "aparentam" e demonstram um certo "repudio" aos países ocidentais, são considerados vulneráveis e passíveis de integração à grupos terroristas. Sendo assim, escolhe-se uma etnia, uma religião e uma faixa etária para etiquetar como sendo "periculosa" e que, portanto, necessita ser tratada através de "medidas de segurança." E ainda afirmam não estarem criminalizando esses jovens.
Questiono então como é possível que um país integrante da ONU e tão frequentemente debatedor dos Direito Humanos, pode escolher tal etnia para etiquetar com tamanha acusação, ao invés de fazerem tal trabalho com jovens estado-unidenses que desde que nascem são submetidos a lavagens cerebrais que os fazem crer que se deve lutar a qualquer custo pela defesa de uma bandeira que está pendurada em sua janela; mesmo quando o custo de tal defesa se refira a vida de outros jovens inocentes iraquianos que têm a sua vida tirada e sua fé religiosa desrespeitada, tudo por ganância, mas sobre a "justificada" desculpa de se estar apenas "protegendo" o mundo de fanáticos religiosos.
Resumo da ópera: os jovens britânicos de etnia mulçumana perderam a sua liberdade de expressão, pois o fato de não concordarem com certas atitudes tomadas por líderes ocidentais, pode ser considerado uma forte propensão à atitudes terroristas.
Só não entendi muito bem de que tipo de terrorismo estamos tratando, e quem é ,de fato o verdadeiro inimigo que deve ser combatido. Mas agradeço à Deus de não ter nascido no País
de Vossa Altíssima Realeza e de só ter herdado de meus descendentes àrabes, o tamanho do nariz; porque se a moda pegar e o nosso Presidente-marisco resolver imitar a graça britânica, podem ter certeza de que eu farei parte desse grupo.
E quando eu penso que já vi de tudo...



Alanna Sousa

2 comentários:

Oliver disse...

"narigalidade" mulçumana confunde-se com terrorismo, isso da realmente medo, mas o que da mais medo é que niguém parece ter medo do facismo-silêncioso da aculturação unilateral que anda como um tsunami sobre nós e nossos narizes, ou talvez, sobre o fato de por termos criticidade, não gostarmos, quase mulçumanamente, dos estados (facistas) unidos da américa, a despeito do tamanho de nosso narizes.

a propósito, eu concordo com vc Alanninha xD

saudade =*

Anônimo disse...

Elvis tb não morreu,kkkkk.
Não vai retrucar o que escrevi sobre ô Nietcheeee?? Ahh vai lá.
Sou perturbador, eu sei, mas essas pessoas são necessárias na vida de todos p que elas coloquem os pés no chão qdo necessário.
he, com todo respeito nobre senhorita.