quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mãos à obra!!


Segundo dia, oficial, de trabalho (e primeiro de TRABALHO, de verdade). Comecei o dia com as queridices dos indianos da AIESEC: mensagens de bom dia (desde que eu consegui um celular, eu recebo várias mensagens durante o dia: bom dia, boa tarde, boa noite, tenha um bom dia de trabalho, como está na ONG?? e por aí vai...) e de bom trabalho. No dia anterior, o Yash veio aqui em casa e me levou de moto até um rickshaw (aqueles carrinhos/motos engraçados, que são o maior meio de transporte aqui. Conversou com o motorista, em híndi, para explicar direitinho o endereço da ONG; e para garantir que o motora ia realmente me deixar no lugar combinado, ele anotou o cel do tiozinho e ligou para confirmar que era o número certo. Depois ele me disse que combinou com o motora,pra ele me buscar todo dia em casa e me levar ao trabalho. Me diz se eu mereço tudo isso, gente?? Já to ficando é mal-acostumada!!!
Voltando ao trabalho... aqui eles têm o costume de “venerar” os mais velhos: sempre que alguém mais velho/autoridade chega na casa, sala, aonde eles estiverem, eles se levantam, vão até a pessoa, tocam o pé da pessoa, como um pedido de benção. Comigo não é diferente!! Quando chego, além do pedido de benção, eles me recebem com um “good morning/evening didi(não sei como escreve, mas significa “irmã mais velha”), how are you?”, mesmo os que falam muito pouco inglês. Tenho duas turmas: os da manhã (são menores e têm um inglês bem mais fraco, o que dificulta um pouco a comunicação, mas nada que não se dê um jeito), que estudam a tarde; e os da tarde, que estudam pela manhã. Esses são maiores, também em maior quantidade, e tem um nível de inglês melhor; dois deles (os mais velhos) me ajudam com a tradução para com os outros irmãos. Não tive tempo de preparar muita coisa, pois ontem, depois da ONG, fui para o escritório da AIESEC e só cheguei em casa às 11hs da noite; mas conseguir pesquisar na net umas dinâmicas, que apliquei hoje, no intuito de quebrar o gelo, conhecê-los melhor e ganhar a confiança deles. Também li historinha e pedi para eles desenharem (fotos), de acordo com a história que eu li pra eles. Mas a melhor parte, mesmo, foi ensinar a dançar RollCall: eles amaram, apesar de ficarem um pouco envergonhados. Até as mulheres da casa gostaram e disseram, em um inglês muito simples, que eu danço muito bonito. HUAHAUHAUAHAUHAUHA. Eu falei pra eles que na próxima vez eu vou levar a filmadora e vou filmar eles dançando, e mandar para o Brasil. Eles aprovaram!!
Aos poucos eu vou tendo uns insights sobre como trabalhar com eles. O mais difícil é conseguir pensar em atividades que possa incluir todos, considerando o desnível no inglês, e a minha total ignorância híndi. Mas, como disse, aos poucos eu vou tendo novas ideias e vou testando. Hoje mesmo, fui ao supermercado comprar uns materiais para utilizar com eles, durante as atividades, apesar de que eles têm uma boa condição de estudos e de material (todos com uniformes, livros, cadernos, estojo e mochilinha). Mas, mesmo assim, quis comprar um material “meu”, para deixar as atividades mais organizadas e dinâmicas. =D
Ah, já ia esquecendo de falar: a parte mais engraçada/tensa do dia, foi quando as mulheres da casa vieram perguntar se eu era casada, e eu respondi que não e fui explicar como funcionam os casamentos; elas riram, não sei se porque realmente acharam engraçado, ou se por espanto. Isso porque eu nem cheguei e falar sobre “ficar”, pra não causar muito tumulto... ahuahauahuahuaha
Enfim, por hoje é só, pessoal. Hasta luego!

ps: finalmente consegui tirar umas fotos (à pedidos) das tão famosas vacas sagradas, e folgadas, e de quebra, ainda topei com uns camelos, no meio do caminho. Ai essa INCREDIBLE INDIA...
ps2: a geladeira da cozinha quebrou. Estragou a comida de todo mundo. Ta uma MARAVILHA!! (Y) ¬¬

ps3: Tô impressionada em como eu tô conseguindo me adaptar bem, com a comida apimentada, daqui. Claro que não é nada de deliciosooo, mas tá descendo bem. Esses dois dias eu almocei com as crianças, na ONG, e comi típica comida (apimentada) indiana, e sobrevivi bem. Vamos ver os resultados daqui pra frente...

Sugar Cube: “Nenhuma luta haverá jamais de me embrutecer, nenhum cotidiano será tão pesado a ponto de me esmagar, nenhuma carga me fará baixar a cabeça”. #ficaadica!

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Um comentário:

Raísa disse...

O que tu tava falando pro gurizinho, que ele botou a mão na testa? Hahah
Tadinho :~
saudade!
Beijos